quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Cartas da Guerra: cinema-cinema


Pouco ou nada tenho ido nos últimos anos, e já não me lembrava disto, como pode ser verdadeiramente mágico, o cinema-cinema, não o outro, como é verdadeiramente mágico que limitações de orçamento e uma nesga de luz te levem por caminhos que trazem ainda mais encanto à tua obra, rodar a preto e branco, que dádiva para o nosso imaginário de repente saírem debaixo das pedras os Fellinis e tantos outros mestres, o drama cómico da existência tocado a flautas que não encantam só serpentes, não, e embalados assim vamos com o Lobo Antunes até onde o Ivo Ferreira quiser, aliás, puder, vamos, que não podíamos ir melhor, hipnotizados pela voz-ao-ouvido da Margarida, que passa o filme a dizer-nos coisas de uma maneira que, minha mãe.

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